(Composição: Vinícius de Moraes)
Vós os vereis surgir da aurora mansa
Firmes na marcha e uníssonos no brado
Os heróicos demônios da vingança
Que vos perseguem desde Stalingrado.
As mãos queimadas do fuzil candente
As vestes podres de granizo e lama
Vós os vereis surgir subitamente
Aos heróicos prosélitos do Drama.
De início mancha tateante e informe
Crescendo às sombras da manhã exangue
Logo o vereis se erguer, o Russo enorme
Sob um sol rubro como um punho em sangue.
E ao seu avanço há de ruir a Porta
De Brandemburgo, e hão de calar os cães
E então hás de escutar, Cidade Morta
O silêncio das vozes alemãs.
(Fonte: http://viniciusdemoraes.com.br/poesia/index.php)
Vós os vereis surgir da aurora mansa
Firmes na marcha e uníssonos no brado
Os heróicos demônios da vingança
Que vos perseguem desde Stalingrado.
As mãos queimadas do fuzil candente
As vestes podres de granizo e lama
Vós os vereis surgir subitamente
Aos heróicos prosélitos do Drama.
De início mancha tateante e informe
Crescendo às sombras da manhã exangue
Logo o vereis se erguer, o Russo enorme
Sob um sol rubro como um punho em sangue.
E ao seu avanço há de ruir a Porta
De Brandemburgo, e hão de calar os cães
E então hás de escutar, Cidade Morta
O silêncio das vozes alemãs.
(Fonte: http://viniciusdemoraes.com.br/poesia/index.php)
Esse poema é bem interessante, pois retrata a queda do nazismo alemão e ascensão do socialismo da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). O poema foi escrito em 03/02/1945, momento em que estava ocorrendo a Batalha de Berlim. Portanto, o poema demonstra o sentimento socialista do autor, explicitado, principalmente, nos versos das primeira e terceira estrofes, nos quais ele exalta o exército russo. Isso reforça que Vinícius não era um homem despreocupado com as questões políticas e sociais de sua época.
O poema mostra a chegada do exército russo a Berlim, que antes era aparentemente o perdedor da guerra ("As mãos queimadas do fuzil cadente/As vestes podres de granizo e lama/De início mancha tateante e informe"), porém conseguiu "dar a volta por cima" e agora está vantagem em relação ao alemão, invadindo Berlim através do Portão de Brandemburgo, símbolo da cidade, e derrotando o exército alemão ("E ao seu avanço há de ruir a Porta/De Brandemburgo, e hão de calar os cães/E então hás de escutar, Cidade Morta/O silêncio das vozes alemãs").
O poema mostra a chegada do exército russo a Berlim, que antes era aparentemente o perdedor da guerra ("As mãos queimadas do fuzil cadente/As vestes podres de granizo e lama/De início mancha tateante e informe"), porém conseguiu "dar a volta por cima" e agora está vantagem em relação ao alemão, invadindo Berlim através do Portão de Brandemburgo, símbolo da cidade, e derrotando o exército alemão ("E ao seu avanço há de ruir a Porta/De Brandemburgo, e hão de calar os cães/E então hás de escutar, Cidade Morta/O silêncio das vozes alemãs").
Não conhecia esse poema. Isso só reforça que Vinícius não era um homem despreocupado com as questões políticas, sociais de seu tempo.
ResponderExcluirValeu!
Um abraço, e continuem assim.
É mesmo. Essa preocupação política e social de Vinícius marcou a fase inicial de sua trajetória na poesia.
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